Imagem: Google |
Cora Coralina: Era o pseudônimo dessa linda mulher, cujo nome verdadeiro era Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Ela nasceu em 20 de agosto de 1889 em Goiás e aos 16 anos teve sua primeira publicação feita pelo Jornal Tribuna Espírita no Rio de Janeiro, aos 19 criou em conjunto com algumas amigas o jornal de poemas femininos "A ROSA" e aos 21 anos publicou seu primeiro conto.
O reconhecimento só chegou após os 70 anos, depois da publicação do seu primeiro livro, que posteriormente foi enviado a vários escritores, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, com quem acabou fazendo uma amizade e era carinhosamente chamada de Aninha.
Morreu em 10 de Abril de 1985 em Goias por complicações causadas por uma pneumonia e após sua morte a velha casa da ponte foi transformada no Museu Cora Coralina e entre seus manuscritos e objetos pessoais, também podemos encontrar parte de suas correspondência trocadas com Drummond.
Algumas de suas obras:
- Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha (contos)
- A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil)
- Vintém de cobre
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha (contos)
- A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil)
- Vintém de cobre
Imagem: Google |
Em 1919 estudou em um colégio Militar, onde escreveu suas primeiras obras literarias e tinha como marca registrada simplicidade, bom humor e uma dose de ironia.
Ele não se casou nem teve filhos e morou boa parte da sua vida em hotéis, sendo que de um deles foi despejado porque deixou de pagar o aluguel.
Teve duas de suas paixões platônicas assumidas em seus poemas: Cecilia Meirelles e Bruna Lombardi.
Recebeu vários prêmios no decorrer de sua carreira, mas deixava clara sua insatisfação com a politicagem da Acadêmia Brasileira de Letras, do qual não se tornou membro.
Algumas de suas obras:
- A Rua dos Cataventos
- Canções
- O Aprendiz de Feiticeiro
- Caderno H.
- Pé de Pilão (com introdução de Érico Veríssimo).
- Canções
- O Aprendiz de Feiticeiro
- Caderno H.
- Pé de Pilão (com introdução de Érico Veríssimo).
Morreu em 1994 com insuficiência respiratória e problemas intestinais.
Imagem: Frases de Pensadores |
Carlos Drummond de Andrade: Considerado um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro, nasceu em Itabira - MG em 31 de outubro de 1902. Trabalhou como funcionário Público, poeta, contista e cronista e teve sua primeira obra poética publicada em 1930: Alguma Poesia.
Seus poemas tem como matéria prima os assuntos do dia a dia com uma dose de pessimismo e ironia, retratando conflitos familiares, amigos e a existência humana.
Morreu de insuficiência respiratório causada por infarto no Rio de Janeiro em 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte da sua única filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
Após sua morte descobriu-se um conjunto de poemas eróticos que ele mantinha em segredo.
Algumas de suas obras:
Sentimento do mundo (1940)
Rosa do Povo (1945)
Rosa do Povo (1945)
Fazendeiro do ar (1955)
Vida passada a limpo (1959)
Vida passada a limpo (1959)
Lição de coisas (1962)
O poema desse escritor que mais me chama atenção pela sua beleza foi feito em 1942 e chama-se "E Agora José?".
Ele fala sobre a solidão de José... que pode ser eu, você, o outro individuo, em situações de paralisia onde não sabemos para onde ir e da qual qualquer um de nós podemos passar.
Se você não conhece, espero que goste.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
E agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Espero que tenham gostado.
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Espero que tenham gostado.
Um grande abraço e até a próxima!
Fonte de pesquisa: Brasil Escola e Wikipédia.
Fonte de pesquisa: Brasil Escola e Wikipédia.
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Abraço,
Andréa G. Rodrigues.